Do JC – Créditos da imagem: Valter Campanato/Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema público. O indiciamento acontece dentro da investigação sobre a falsificação de certificados de vacinas contra a covid-19.
Agora, na prática, o processo será encaminhado ao Ministério Público, que decidirá se apresenta denúncia à Justiça ou se arquiva a investigação contra o político. As informações são da jornalista Daniela Lima, da GloboNews.
Se o MP apresentar denúncia, e o Judiciário aceitá-la, Bolsonaro passará à condição de réu e começará a responder a processo judicial.
MAURO CID TAMBÉM É INDICIADO
Além de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) também foram incluídos na lista de indiciados. No caso de Cid, a PF também aponta o crime de uso indevido de documento falso.
Segundo a PF, o inquérito tinha como objetivo esclarecer se dados dos certificados de vacinação de familiares do ex-presidente teriam sido falsificados, incluindo o da sua filha, Laura Bolsonaro, de 12 anos.
Em maio do ano passado, foram executados mandados de busca e apreensão na residência da família e de prisão contra ex-funcionários, como Cid.
As inserções fraudulentas nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde, realizadas entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, resultaram na distorção da verdade sobre um fato juridicamente significativo, ou seja, o status de imunização contra a covid-19 dos beneficiários.
“A apuração indica que o objetivo do grupo seria manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19”, informou a PF, na época da operação. As ações ocorrem dentro do inquérito policial que apura a atuação do que se convencionou chamar “milícias digitais”, em tramitação perante o Supremo Tribunal Federal.
